Depois de uma semana em investigação pessoal, chego ao fim e tiro as minhas conclusões. Influenciado pelos “media” volto a destacar o tema do Homo Digitalis.
Depois de ter visto o filme “Zodiac”, que retrata um caso verídico de um serial killer que nunca foi detido, com o nome de Arthur Leigh, proponho uma questão:
Este serial killer iniciou a sua actividade em 1966, e incrivelmente nunca foi detido, até que em 1992 faleceu.
Será que hoje, numa sociedade “big brother”, tal serial killer escaparia impune? Com todos os recursos de vigilância que existem?
Na minha opinião, julgo que sim. De facto existem muitos recursos, mas as pessoas consideram imprescindível a sua programação e não a sua utilização.
Por exemplo, vamos supor que alguém se lembra de criar um perfil serial killer na plataforma Second Life. Será susceptível de ser punido na vida real? De facto, as leis hoje em dia quase são esquecidas e deviam ser contempladas logo no início da criação de uma ferramenta.
Arthur Leigh, de forma inteligente, cometeu seus crimes em estados diferentes para complicar a investigação e conflituar as delegações policiais. Hoje, esse processo é ainda mais fácil.
Actualmente há diversas formas de vigilância mas há também diversas ferramentas de manipulação de vigilância.
Outrora, este serial killer usaria cartas em papel, para enviar aos destinatários e captar sua atenção. Hoje, usaria se calhar o email, mas ninguém o levaria a sério, e mesmo que sim (caso o serial killer comprovasse os crimes), não existiria maneira de provar o seu ADN pela escrita, nem o tipo de letra, pois agora esse processo é impessoal. Haveria sempre a forma de localizar o IP, mas se fosse usado um computador público, teria de haver uma colaboração exigente por parte de muitos profissionais, e voltávamos à questão das leis que vigoram. Ou seja, basta uma carta não ser do baralho, para o castelo da investigação cair todo!
Sem qualquer incentivo à prática, recordo as cartas enviadas por Arthur Leigh, sob o pseudónimo “Zodiac”.