Configurar uma VLAN

Afinal o que é uma VLAN?

Devido ao crescimento e complexidade das redes informáticas, é muito comum nos dias de hoje que a rede física seja “dividida” em vários segmentos lógicos, denominadas de VLANs. Uma VLAN é basicamente uma rede lógica onde podemos agrupar várias máquinas de acordo com vários critérios (ex. grupos de utilizadores, por departamentos, tipo de tráfego, etc).

As VLANs permitem a segmentação das redes físicas, sendo que a comunicação entre máquinas de VLANs diferentes terá de passar obrigatoriamente por um router ou outro equipamento capaz de realizar encaminhamento (routing), que será responsável por encaminhar o tráfego entre redes (VLANs) distintas. De referir ainda que uma VLAN define um domínio de broadcast (ou seja, um broadcast apenas chega aos equipamentos de uma mesma VLAN). As VLANs oferecem ainda outras vantagens das quais se destacam: segurança, escalabilidade, flexibilidade, redução de custos, etc.

No exemplo da imagem a seguir temos 2 VLANs criadas no switch (VLAN 100 e VLAN 200).  Na VLAN 100 temos o Host A e o Host B. Na VLAN 200 temos o Host C e o Host D. Num switch podemos configurar várias VLANs criando assim vários domínios de broadcast  – o tráfego de uma VLAN não é enviado para outra VLAN. Para que tal aconteça é necessário que haja encaminhamento (por exemplo através de um router). Assim, neste exemplo, independentemente das máquinas estarem ligadas ao mesmo equipamento físico, o Host A só consegue comunicar com o Host B (e vice-versa) e o mesmo acontece com o Host C e o Host D.

Quando ter uma rede física segmentada em VLANs?

Imaginem, por exemplo, que foram contactados para implementar uma rede numa Universidade. Considerando que vamos ter utilizadores/serviços/perfis distintos (ex. Apoio à Direção, pessoal da contabilidade, pessoal dos recursos humanos, externos, etc) a ligarem-se à mesma rede física. Nesse sentido é importante que as máquinas estejam em redes separadas (mesmo estando ligadas no mesmo switch ou segmento de rede). Não faz sentido (essencialmente por questões de segurança), que um utilizador (ex.um aluno), se ligue à mesma rede onde estão os utilizadores que fazem parte do serviço da contabilidade.

Vejam o seguinte cenário para um edifício: 3 grupos distintos de utilizadores que pertencem à contabilidadegestão de recursos humanos e apoio à direção. Os utilizadores dos três serviços encontram-se distribuídos pelos vários pisos no mesmo edifício, mas em termos de rede (uma vez que foram configuradas VLANs), encontram-se na rede (VLAN) definida para cada serviço.

A comunicação entre utilizadores de serviços diferentes só é possível, se configurado o encaminhamento no router.

A constituição de VLANs numa rede física, pode dever-se a questões de:

  • Organização – diferentes departamentos/serviços podem ter a sua própria VLAN. De referir que a mesma VLAN pode ser configurada ao longo de vários switchs, permitindo assim que utilizadores do mesmo departamento/serviço estejam em locais físicos distintos (ex. Utilizador A – Polo 1, utilizador B – Polo 2) da mesma instituição;
  • Segurança– Pelas questões que já foram referidas acima, ou por exemplo para que os utilizadores de uma rede não tenham acesso a determinados servidores;
  • Segmentação– Permite dividir a rede física, em redes lógicas mais pequenas e assim tem um melhor controlo/gestão a nível de utilização/tráfego.

 

VLANs – Tipo de portas

Um switch com a capacidade para criação de VLAN suporta dois tipos de portas:

  • Portas de Acesso (ligações de acesso)
  • Portas Trunk (ligações partilhadas)

Uma Porta de Acesso (access), permite associar uma porta do switch a uma vlan. As portas do tipo acesso são usadas para ligar PCs, impressoras, etc. Por omissão, todas as portas do switch vêm configuradas na VLAN 1.

Uma Porta Trunk, normalmente usada para interligação de switchs ou ligação a routers, e permite a passagem de tráfego de várias VLANs. Configurando uma porta como trunk, todo o tráfego de todas as VLANs criadas no switch podem passar por lá, no entanto o administrador pode limitar ao número de VLANs que pretender. Como podem ver pela imagem seguinte, a ligação entre o switch A e o Switch B é realizado através de portas Trunk isto porque, no mesmo link, é necessário passar tráfego da VLAN 100 e 200.

Como configurar?

Para este artigo vamos considerar o exemplo anterior. Vamos também definir o seguinte endereçamento:

  • VLAN 100: 192.168.100.0/24
  • VLAN 200: 192.168.200.0/24

Para começar vamos criar as VLANs no switch A e depois associar a porta Fa0/2 e Fa0/3 à VLAN 100 e a Fa0/4 à VLAN 200. Vamos ainda atribuir o nome Estudantes à VLAN 100 e Docentes à VLAN 200. Para tal, entramos no SwitchA e realizamos as seguintes configurações:

SwitchA> enable
SwitchA# configure terminal
SwitchA(config)#vlan 100
SwitchA(config-vlan)#name estudantes
SwitchA(config-vlan)#vlan 200
SwitchA(config-vlan)#name docentes
SwitchA(config-vlan)#exit
 
SwitchA(config)#interface fastEthernet 0/2
SwitchA(config-if)#switchport mode access
SwitchA(config-if)#switchport access vlan 100
 
SwitchA(config-if)#interface fastEthernet 0/3
SwitchA(config-if)#switchport mode access
SwitchA(config-if)#switchport access vlan 100
 
SwitchA(config-if)#interface fastEthernet 0/4
SwitchA(config-if)#switchport mode access
SwitchA(config-if)#switchport access vlan 200

Devem realizar uma configuração semelhante para o SwitchB

SwitchB> enable
SwitchB# configure terminal
SwitchB(config)#vlan 100
SwitchB(config-vlan)#name estudantes
SwitchB(config-vlan)#vlan 200
SwitchB(config-vlan)#name docentes
SwitchB(config-vlan)#exit
 
SwitchB(config)#interface fastEthernet 0/2
SwitchB(config-if)#switchport mode access
SwitchB(config-if)#switchport access vlan 100
 
SwitchB(config-if)#interface fastEthernet 0/3
SwitchB(config-if)#switchport mode access
SwitchB(config-if)#switchport access vlan 200
 
SwitchB(config-if)#interface fastEthernet 0/4
SwitchB(config-if)#switchport mode access
SwitchB(config-if)#switchport access vlan 200

Por fim vamos configurar as portas trunk. Para tal vamos ao SwitchA, e definimos a porta fastEthernet 0/1 como Trunk.

SwitchA(config-if)#interface fastEthernet 0/1
SwitchA(config-if)#switchport mode trunk

Devem realizar uma configuração semelhante para o SwitchB

SwitchB(config-if)#interface fastEthernet 0/1
SwitchB(config-if)#switchport mode trunk

Caso pretendam ver as VLANS por porta, podem executar o comando show vlan

Testes

Vamos agora verificar se há comunicação entre máquinas da mesma VLAN, ligadas a switchs diferentes. Para a realização de testes vamos tentar pingar do PC0 para o PC3 (que pertencem à VLAN 100). Em seguida vamos pingar do PC2 para para PC5 (que pertencem à VLAN 200).

Comunicação entre PC0 e PC3

Comunicação entre PC2 e PC5

Espero que tenham percebido o conceito de VLAN, e caso queiram colocar em prática podem sempre consultar a data sheet dos vossos switchs para saber se suportam VLANS.

Existem ainda outros conceitos dentro do assunto das VLANs como por exemplo VTP, trunking (protocolo 802.1Q ou ISL da Cisco), subinterfaces, etc.

Dica: Como saber onde a memória RAM está montada no seu PC e na sua motherboard

A memória é um dos principais componentes de um computador. É ali que são guardados os dados que as aplicações usam e que precisam de consultar de forma recorrente e rápida. Claro que o Windows gere esta memória de forma automática e eficiente.

Muitos optam por aumentar a memória RAM do seu computador, para assim este ser mais rápido e eficiente. A pergunta é muitas vezes: onde e de que forma a RAM está aplicada na motherboard? O Windows tem a resposta, de uma forma muito simples e rápida.

Saber em que slots está a memória colocada na motherboard é importante para quem quer conhecer a sua máquina ou para quem a quer atualizar. Dependendo do número de slots ou da memória colocada, esta atualização poderá ter de ser feita de forma específica ou até mesmo ser impossível.

Onde está montada a memória RAM no seu PC

O Windows tem presente esta informação, um local que a maioria não conhece. Optam por usar programas externos, que assim dão esta informação. Se abrirem o Gestor de Tarefas (Ctrl + Alt + Del, tecla Windows + X ou Ctrl + Shift + ESC), vão ter mais informações.

Windows RAM memória motherboard

Ai dentro, no separador Desempenho, há muito mais informação. Escolham depois Memória e recolham a informação do lado direito. Aí têm a velocidade da memória, a sua forma e as ranhuras utilizadas.

O Windows tem toda a informação necessária

Nesta última encontram o número de slots presentes e quais destes estão ocupados nesse momento. Como seria esperado, o Windows tem ainda mais informação útil para dar ao utilizador. Esta está ainda mais escondida.

Windows RAM memória motherboard

Precisam apenas de manter o cursor do rato em cima da área das ranhuras utilizadas. Em pouco segundos é apresentada a informação da quantidade de memória RAM cada uma das slots têm a ocupar. Podem ver o tamanho e a velocidade de cada pente de RAM aplicado em cada ranhura.

Esta informação, de extrema importância, é útil para muitos utilizadores. Desta forma simples podem ter acesso a ela sem terem de abrir a máquina ou arriscar sem saber se conseguem realizar a pretendida atualização.

Redes: Saiba o que é uma VLAN e aprenda a configurar

Hoje vamos apresentar mais alguns conceitos e ensinar a configurar num switch Cisco.

Afinal o que é uma VLAN?

Devido ao crescimento e complexidade das redes informáticas, é muito comum nos dias de hoje que a rede física seja “dividida” em vários segmentos lógicos, denominadas de VLANs. Uma VLAN é basicamente uma rede lógica onde podemos agrupar várias máquinas de acordo com vários critérios (ex. grupos de utilizadores, por departamentos, tipo de tráfego, etc).

As VLANs permitem a segmentação das redes físicas, sendo que a comunicação entre máquinas de VLANs diferentes terá de passar obrigatoriamente por um router ou outro equipamento capaz de realizar encaminhamento (routing), que será responsável por encaminhar o tráfego entre redes (VLANs) distintas. De referir ainda que uma VLAN define um domínio de broadcast (ou seja, um brodcast apenas chega aos equipamentos de uma mesma VLAN). As VLANs oferecem ainda outras vantagens das quais se destacam: segurança, escalabilidade, flexibilidade, redução de custos, etc.

No exemplo da imagem a seguir temos 2 VLANs criadas no switch (VLAN 100 e VLAN 200).  Na VLAN 100 temos o Host A e o Host B. Na VLAN 200 temos o Host C e o Host D. Num switch podemos configurar várias VLANs criando assim vários domínios de broadcast  – o tráfego de uma VLAN não é enviado para outra VLAN. Para que tal aconteça é necessário que haja encaminhamento (por exemplo através de um router). Assim, neste exemplo, independentemente das máquinas estarem ligadas ao mesmo equipamento físico, o Host A só consegue comunicar com o Host B (e vice-versa) e o mesmo acontece com o Host C e o Host D.

Quando ter uma rede física segmentada em VLANs?

Imaginem, por exemplo, que foram contactados para implementar uma rede numa Universidade. Considerando que vamos ter utilizadores/serviços/perfis distintos (ex. Apoio à Direção, pessoal da contabilidade, pessoal dos recursos humanos, externos, etc) a ligarem-se à mesma rede física. Nesse sentido é importante que as máquinas estejam em redes separadas (mesmo estando ligadas no mesmo switch ou segmento de rede). Não faz sentido (essencialmente por questões de segurança), que um utilizador (ex.um aluno), se ligue à mesma rede onde estão os utilizadores que fazem parte do serviço da contabilidade.

Vejam o seguinte cenário para um edifício: 3 grupos distintos de utilizadores que pertencem à contabilidadegestão de recursos humanos e apoio à direção. Os utilizadores dos três serviços encontram-se distribuídos pelos vários pisos no mesmo edifício, mas em termos de rede (uma que vez foram configuradas VLANs), encontram-se na rede (VLAN) definida para cada serviço.

A comunicação entre utilizadores de serviços diferentes só é possível, se configurado o encaminhamento no router.

A constituição de VLANs numa rede física, pode dever-se a questões de:

  • Organização – diferentes departamentos/serviços podem ter a sua própria VLAN. De referir que a mesma VLAN pode ser configurada ao longo de vários switchs, permitindo assim que utilizadores do mesmo departamento/serviço estejam em locais físicos distintos (ex. Utilizador A – Polo 1, utilizador B – Polo 2) da mesma instituição;
  • Segurança– Pelas questões que já foram referidas acima, ou por exemplo para que os utilizadores de uma rede não tenham acesso a determinados servidores;
  • Segmentação– Permite dividir a rede física, em redes lógicas mais pequenas e assim tem um melhor controlo/gestão a nível de utilização/tráfego.

 

VLANs – Tipo de portas

Um switch com a capacidade para criação de VLAN suporta dois tipos de portas:

  • Portas de Acesso (ligações de acesso)
  • Portas Trunk (ligações partilhadas)

Uma Porta de Acesso (access), permite associar uma porta do switch a uma vlan. As portas do tipo acesso são usadas para ligar PCs, impressoras, etc. Por omissão, todas as portas do switch vêm configuradas na VLAN 1.

Uma Porta Trunk, normalmente usada para interligação de switchs ou ligação a routers, e permite a passagem de tráfego de várias VLANs. Configurando uma porta como trunk, todo o tráfego de todas as VLANs criadas no switch podem passar por lá, no entanto o administrador pode limitar ao número de VLANs que pretender. Como podem ver pela imagem seguinte, a ligação entre o switch A e o Switch B é realizado através de portas Trunk isto porque, no mesmo link, é necessário passar tráfego da VLAN 100 e 200.

Como configurar?

Para este artigo vamos considerar o exemplo anterior. Vamos também definir o seguinte endereçamento:

  • VLAN 100: 192.168.100.0/24
  • VLAN 200: 192.168.200.0/24

Para começar vamos criar as VLANs no switch A e depois associar a porta Fa0/2 e Fa0/3 à VLAN 100 e a Fa0/4 à VLAN 200. Vamos ainda atribuir o nome Estudantes à VLAN 100 e Docentes à VLAN 200. Para tal, entramos no SwitchA e realizamos as seguintes configurações:

SwitchA> enable
SwitchA# configure terminal
SwitchA(config)#vlan 100
SwitchA(config-vlan)#name estudantes
SwitchA(config-vlan)#vlan 200
SwitchA(config-vlan)#name docentes
SwitchA(config-vlan)#exit
 
SwitchA(config)#interface fastEthernet 0/2
SwitchA(config-if)#switchport mode access
SwitchA(config-if)#switchport access vlan 100
 
SwitchA(config-if)#interface fastEthernet 0/3
SwitchA(config-if)#switchport mode access
SwitchA(config-if)#switchport access vlan 100
 
SwitchA(config-if)#interface fastEthernet 0/4
SwitchA(config-if)#switchport mode access
SwitchA(config-if)#switchport access vlan 200

Devem realizar uma configuração semelhante para o SwitchB

SwitchB> enable
SwitchB# configure terminal
SwitchB(config)#vlan 100
SwitchB(config-vlan)#name estudantes
SwitchB(config-vlan)#vlan 200
SwitchB(config-vlan)#name docentes
SwitchB(config-vlan)#exit
 
SwitchB(config)#interface fastEthernet 0/2
SwitchB(config-if)#switchport mode access
SwitchB(config-if)#switchport access vlan 100
 
SwitchB(config-if)#interface fastEthernet 0/3
SwitchB(config-if)#switchport mode access
SwitchB(config-if)#switchport access vlan 200
 
SwitchB(config-if)#interface fastEthernet 0/4
SwitchB(config-if)#switchport mode access
SwitchB(config-if)#switchport access vlan 200

Por fim vamos configurar as portas trunk. Para tal vamos ao SwitchA, e definimos a porta fastEthernet 0/1 como Trunk.

SwitchA(config-if)#interface fastEthernet 0/1
SwitchA(config-if)#switchport mode trunk

Devem realizar uma configuração semelhante para o SwitchB

SwitchB(config-if)#interface fastEthernet 0/1
SwitchB(config-if)#switchport mode trunk

Caso pretendam ver as VLANS por porta, podem executar o comando show vlan

Testes

Vamos agora verificar se há comunicação entre máquinas da mesma VLAN, ligadas a switchs diferentes. Para a realização de testes vamos tentar pingar do PC0 para o PC3 (que pertencem à VLAN 100). Em seguida vamos pingar do PC2 para para PC5 (que pertencem à VLAN 200).

Comunicação entre PC0 e PC3

Comunicação entre PC2 e PC5

Espero que tenham percebido o conceito de VLAN, e caso queiram colocar em prática podem sempre consultar a data sheet dos vossos switchs para saber se suportam VLANS. Alguém usa esta tecnologia?

Existem ainda outros conceitos dentro do assunto das VLANs como por exemplo VTP, trunking (protocolo 802.1Q ou ISL da Cisco), subinterfaces, etc. Esperamos trazer estes temas em próximos artigos.

4 Mini PCS para 2019

O segmento dos mini PCs, também designados de SBC (Single Board Computers), tem crescido significativamente e hoje existem no mercado as mais diversas soluções. É verdade que estes mini PCs não são super máquinas, mas servem na perfeição para muitos projetos.

Hoje deixamos um pequeno TOP 4 dos mini PCs mais populares.

#1 – Raspberry PI

O Raspberry PI é um projeto de sucesso nas mais diversas áreas. Este mini PC tem a capacidade de transformar uma tradicional TV numa smartTV, pode ser usado em projetos académicos e industriais/comerciais, na área da domótica, na área da automação, no segmento automóvel, etc. Já viu o nosso seu pack económico?

Principais características

  • CPU: Cortex-A53 ARM de 64 bits com 4 núcleos a 1.4GHz
  • RAM: 1 GB
  • Comunicações:
    • Wireless 802.11ac e Bluetooth 4.2
    • Faster Ethernet (Gigabit Ethernet over USB 2.0)
  • Suporte para Power-over-Ethernet (com PoE HAT)

Raspberry PI


#2 – ODroid XU4

Outra boa opção neste segmento dos mini PCs é o ODroid XU4. Este equipamento tem tido bastante sucesso, tudo por causa do CPU Samsung, de 8 núcleos, que é refrigerado por um ventilador. Comparativamente ao Raspberry Pi, o ODroid XU4 tem um formato menor, sendo inclusive mais compacto.

O XU4 tem suporte para várias versões do Linux, incluindo o Ubuntu 16.04 mas também o Android 4.4 KitKat, 5.0 Lollipop e 7.1 Nougat. O preço é de aproximadamente 84 euros.

Principais características

  • CPU:  Samsung Exynos5422 Cortex™-A15 2Ghz e Cortex™-A7 Octa core e GPU Mali-T628 MP6
  • RAM: 2GB
  • Comunicações:
    • Gigabit Ethernet
  • 2 x USB 3.0, 1 x USB 2.0
  • HDMI 1.4a
  • (ver aqui todas as especificações)

ODroid XU4


#3 – NanoPi NEO4

E o NanoPi NEO4 conhece? Este é um dos mini PCs mais baratos do mercado, mas incluiu várias características interessantes. Pode adquirir apenas a plada deste mini PC, ou então as placas e os mais diversos componentes – ver aqui. O preço da placa ronda os 40 euros.

Principais características

  • CPU: Rockchip RK3399 (64-bit dual-core Cortex A72 + Quad-core Cortex A53) com GPU Mali-T864
  • RAM: 1GB RAM DDR3
  • Comunicações:
    • Interface Wi-FI (apenas 2,4 Ghz)
  • USB 3.0, HDMI 2.0, PCIe, interface tipo C e OTG

NanoPi NEO4


#4 – Banana Pi-M64

O Banana Pi é outra boa solução para quem procura um miniPC. O Banana Pi-M64 é uma versão melhorada do Banana Pi pois já traz suporte para sistemas operativos a 64 bits, como, por exemplo, o Android, Ubuntu ou Debian.

Principais características

  • CPU: 1.2 Ghz Quad-Core ARM Cortex A53 64-Bit
  • RAM: 2GB DDR3
  • Memória de armazenamento: 8G EMMC
  • Comunicações:
    • 10/100/1000Mbps Ethernet
    • WiFi (AP6212) & Bluetooth
  • 2x USB A 2.0, 1 xUSB OTG, 1x HDMI, 1 audio jack

NanoPi NEO4

Xiaomi 70MAI Pro Dash Cam, a câmara que precisa para o seu carro

Há países onde a captação de imagens durante as viagens de carro é muito comum por uma questão de segurança, e depois as peripécias do trânsito acabam muitas vezes por ir parar à Internet e por proporcionar bons momentos de gargalhadas. Por cá, em Portugal, esta utilização ainda não foi banalizada, mas há cada vez mais condutores a conduzirem com câmaras ligadas apontadas para a estrada.

Com a assinatura Xiaomi, damos-lhe a conhecer a 70MAI Pro, o modelo mais avançado da 70MAI.

Não é proibido usar Dash Cams em Portugal?

Vamos começar por responder à questão que muitos fazem no momento de comprar uma Dash Cam, que se prende com a sua legalidade.

Atualmente, não existe lei específica para as “dash cams” em Portugal. A lei existente, que abrange todos os tipos de câmaras, relacionada com proteção de dados e quebra de privacidade, diz respeito à captação, tratamento e divulgação de imagens que identifiquem claramente indivíduos, sem o seu consentimento, que de alguma forma sejam destacados. Cada um será responsável pelo uso que faz dessas imagens, com qualquer tipo de câmara (incluindo de um smartphone).

No que diz respeito a evidências para seguradoras ou outros crimes, informação a mais não será problema, e cada entidade decide se faz uso, ou não, das hipotéticas provas.

Xiaomi 70MAI Pro Dash Cam

A Xiaomi tem presença em várias áreas da tecnologia, com a sua própria marca ou sob o nome de outras sub-marcas, onde as câmaras de ação ou as dash cams se incluem.

A 70MAI Pro Dash Cam apresenta-se como mais uma solução de câmara de trânsito inteligente, com uma qualidade de imagem superior ao modelo 70MAI e a muitos dos modelos existentes no mercado a preços semelhantes.

Esta câmara tem um sensor Sony IMX335 com uma resolução máxima de 2592 x 1944 píxeis (2.7K). Tem um ângulo de captura de 140º e uma abertura de f/1.8, algo que garante uma boa qualidade de imagem em ambientes noturnos.

Para gravação das imagens, a câmara suporta cartão de memória microSD até 64 GB e pode ser ligada a qualquer smartphone Android (4.1 ou superior) e iOS (8.0 ou superior). A câmara tem uma bateria de 500 mAh que pode ser carregada através do carregador de isqueiro.

Com esta câmara, o utilizador pode tirar partido de gravação contínua (mesmo no estacionamento), do sistema de segurança ADAS (Sistema Avançado de Assistência ao Motorista, para alertas de segurança) e ainda do sensor de gravidade, capaz de detetar se o carro se encontra numa situação iminente de acidente, acionando de imediato a câmara para registar o momento.

Tem ainda WDR (wide dinamic range), modo de condução noturna e ainda pode ser utilizada através do controlo por voz.

A dash cam Xiaomi 70MAI Pro está disponível por menos de 50€. Durante o checkout, deve utilizar a opção “Adicionar Seguro para Impostos e Taxas” (Add duty & tax insurance), para que possa ser reembolsado de taxas de alfândega, se necessário.

70MAI Pro Dash Cam

Aproveite ainda


Dúvidas com tecnologia Powerline?

Quando o tema é tecnologia Powerline (a Ethernet pela rede eléctrica) são muitas as dúvidas dos leitores. Ao longo de alguns anos fomos recolhendo algumas das questões pertinentes dos utilizadores que agora publicamos com as respectivas respostas.

Sabe se os adaptadores powerline funcionam em redes trifásicas? Qual é o alcance máximo dos dispositivos powerline? Conheça as respostas a estas e outras questões.

P. Os adaptadores powerline funcionam em redes trifásicas?

R. A tecnologia powerline funciona em instalações com múltiplas fases. Só encontrará problemas caso a instalação possua mais do que um contador de luz, uma vez que este atenua fortemente o sinal.

P. É necessário proteger uma rede powerline como no caso de uma rede WiFi?

R. Não é estritamente necessário (porque os contadores eléctricos tendem a impedir a passagem de sinal entre vizinhos no mesmo prédio, por exemplo), mas é aconselhado, e pode ser facilmente feito através de botões no adaptador ou de software como o Devolo Cockpit.

P. É possível usar os adaptadores powerline em blocos de tomadas?

R. Sim… e não. Quando possuímos um bloco de tomadas e temos um adaptador powerline com tomada “pass-through”, o ideal é ligar primeiro o adaptador e depois ligar o bloco usando a tomada integrada. No entanto, caso isso não seja possível, o adaptador powerline pode de facto ser ligado a um bloco de tomadas, muito embora vá perder uma parte do seu desempenho. Esta ligação é desaconselhada sobretudo no caso de blocos com protecção integrada (protecção de sobretensão, filtros contra interferências, etc.), os quais podem mesmo impedir o funcionamento do adaptador.

P. Qual é o alcance máximo dos dispositivos powerline?

R. No caso dos dispositivos devolo que utilizam tecnologia Range+, o alcance máximo teórico é de 400 metros – o que significa que pode ser usado virtualmente em qualquer cenário de utilização doméstico, mesmo em moradias com vários pisos.

P. Quantos adaptadores posso ligar numa rede powerline?

R. Várias dezenas!, muitos mais do que o número de divisões na sua casa.

P. O desempenho do powerline também se degrada com a distância, como o WiFi?

R. Sim, muito embora essa degradação seja muito menor e muito menos rápida do que em redes sem fios. Além disso, a tecnologia powerline não sofre de um problema adicional das redes sem fios, que é congestão e interferência do sinal devido a um elevado número de utilizadores a partilharem os mesmos canais.

P. Ouvi dizer que o funcionamento de micro-ondas e outros electrodomésticos pode interferir no desempenho de uma rede powerline. É verdade?

R. Este foi um problema sobretudo para os adaptadores pré-HomePlug (85 Mbps) e para os HomePlug de primeira geração (200 Mbps) e praticamente não afecta os de nova geração (gerações 500, 650 e 1200). No entanto, como tudo na vida, depende: depende da qualidade da rede eléctrica e da própria qualidade do equipamento electrodoméstico.

P. Os adaptadores de 500 Mbps costumam ter portas Fast Ethernet 10/100. Isso não limita o desempenho?

R. Todos os fabricantes de dispositivos powerline usam as mesmas designações de velocidade genéricas (200, 500, 1200..) mas isso não tem necessariamente uma relação directa com a velocidade real. Esses números referem-se à capacidade teórica máxima do chipset em modo duplex e incluem também a informação de “overhead” necessária para a comunicação propriamente dita – o que faz com que uma porta 10/100 num adaptador de 500 Mbps não constitua na realidade um estrangulamento do desempenho. No caso da devolo, a marca só inclui portas Gigabit nas suas gamas dLAN 650+ e dLAN 1200+.

P. Uma vez que os adaptadores powerline estão sempre ligados, o consumo eléctrico não é significativo?

R. Não. Isto porque a maioria das marcas inclui modos de baixo consumo quando é detectado que não há dados a circular pela rede. No caso da devolo, os dispositivos da marca utilizam uma tecnologia patenteada que permite uma redução significativa do consumo face aos dispositivos mais antigos. A título de exemplo, um adaptador dLAN 550+ tem um consumo médio de 2,6 watts mas de apenas 0,6 watts em stand-by.

Fonte: Dúvidas com tecnologia Powerline? O Pplware esclarece! – Pplware

Verifique a saúde do seu PC com estas ferramentas

Para a maioria dos problemas existe uma solução, mas primeiro é necessário diagnosticá-los. Hoje deixamos-lhe 7 ferramentas que o vão ajudar.

 

1. Monitor de Desempenho

O Windows tem já integrado um software que permite avaliar o desempenho do seu computador. No Windows 10, basta aceder ao menu iniciar do Windows e escrever “Monitor de Desempenho” (ou “Performance Monitor”) e abrir a aplicação.

monitor_desempenho

Por definição, o Monitor só apresenta a percentagem do Tempo de Processador, que revela quanto da CPU está a ser utilizada em determinado momento. A esta análise poderá adicionar outros parâmetros como a utilização de disco, a energia utilizada, o tamanho índice de pesquisa, entre outras opções.

 

2. CPU-Z

O CPU-Z é um software que analisa e apresenta a informação de todo o hardware interno. É indispensável para, por exemplo, quem pretende alterar peças do PC e evitar problemas de incompatibilidade. No caso de querer comprar um computador em segunda mão, este software poderá ser útil para confirmar se inclui todo o hardware indicado pelo vendedor.

cpu

CPU-Z


Visite o Usados Pplware

3. Angry IP Scanner

Esta ferramenta verifica a sua rede para detectar os endereços IP e as portas que estão a ser utilizadas e por que dispositivos. Poderá utilizá-lo para, por exemplo, verificar se não existe nenhum intruso na sua rede.

angryip

Angry IP Scanner


Leia ainda Uma forma fácil de saber se andam estranhos na sua rede Wi-Fi

4. WinDirStat

O WinDirStat verifica todas as unidades de memória do seu PC e mostra o espaço que cada uma tem ocupado, permitindo assim detectar e eliminar facilmente ficheiros que estão a ocupar espaço desnecessário.

WinDirStat

WinDirStat

5. Diagnóstico de Memória do Windows

Esta é outra ferramenta que o Windows tem à sua disposição. Através dela, o PC será reiniciado e no arranque, a ferramenta irá executar vários testes à memória RAM. Se encontrar algum erro ou falha, a ferramenta irá indicar o foco do problema de modo a que o resolva rapidamente.

memória_pc

 

6. JScreenFix

Se o seu ecrã apresenta um píxel brilhante de forma constante, isso pode significar que tem um píxel preso (stuck pixel), esta ferramenta promete reparar a situação em menos de 10 minutos. Mas de que forma?

JScreenFix

O que ela faz é piscar a área do ecrã com o píxel preso com centenas de cores diferentes de forma a que volte ao normal. Há, no entanto, que ter em consideração que a ferramenta não faz milagres e, em alguns casos, não irá conseguir solucionar o problema.

JScreenFix

7. MalwareBytes

O MalwareBytes é um dos softwares de detecção e prevenção de malware mais populares. Através da versão gratuita é capaz de detectar e remover malware com tecnologia anti-malware, anti-spyware e anti-rootkit líder na indústria. Procura pelas ameaças mais recentes e mais perigosas e ainda remove malware com segurança.

Uma das mais recentes novidades deste software é que agora também já dispõe de protecção contra ransomware.

MalwareBytes

Fonte: Verifique a saúde do seu PC com estas ferramentas – Pplware

Tudo o que precisa de saber sobre baterias e carregamentos

Quando e como devo carregar o telemóvel? Os powerbanks são todos iguais? Os carregadores mais caros são melhores? Como escolher uma bateria? Devo deixar o portátil ligado à corrente? Vamos esclarecer as dúvidas relacionadas com a energia de uma vez por todas.

Miliamperes, watts, powerbanks, carga rápida, lítio… Algumas das expressões que são cada vez mais comuns quando se fala de dispositivos com baterias, quer se trate de um pequeno telemóvel, quer se trate de um veículo elétrico. Por vezes, a boa compreensão destes dados faz toda a diferença quando escolhemos um produto ou um acessório relacionado com a energia (baterias, carregadores, powerbanks…).

E não é só as características técnicas que lançam a confusão entre os consumidores e utilizadores. A área da energia está cheia de ideias pré-concebidas erradas, algumas das quais resultam da falta de acompanhamento da evolução da tecnologia – o que era verdade há uns anos não é necessariamente verdade agora – e outras da interpretação errada ou incompleta da informação. Dois exemplos típicos, que se ouvem com alguma regularidade: «devemos deixar as baterias descarregarem por completo antes de voltarmos a carregá-las» e «os amperes indicam a capacidade da bateria». Dois erros entre muitos. Passamos a explicar.

Volts: não convém variar

As avarias criadas por carregadores com tensões elétricas (volts) diferentes do exigido são relativamente comuns. Neste campo, muitas vezes confunde-se a tensão de entrada com a tensão de saída. Por exemplo, um carregador de um portátil usa a tensão elétrica de entrada disponível na tomada onde é ligado (230 volts em Portugal). Como há redes elétricas com tensões diferentes (por exemplo, 110 volts nos Estados Unidos e 230 volts na Europa) é normal que os adaptadores de corrente ou carregadores suportem uma grande variedade de tensões elétricas de entrada (por exemplo: 100 a 250 volts). No entanto, o que mais importa verificarmos é a tensão de saída. Até porque, à partida, a tensão de entrada dos aparelhos é adequada para o mercado onde são vendidos. Por exemplo, se estivermos à procura de um carregador para um portátil, é fundamental que a tensão de saída deste acessório seja a mesma que a tensão de entrada do portátil. Um valor que, em regra, está indicado tanto nos adaptadores como nos próprios portáteis – procure por qualquer coisa como «19 V DC» (19 volts, corrente contínua). Valores muito diferentes entre a saída do adaptador e a entrada do portátil podem conduzir a avarias graves. Aliás, a utilização de adaptadores de energia de má qualidade ou com problemas está entre as principais causas de avarias em dispositivos móveis – são, por exemplo, responsáveis por muitas motherboards queimadas em portáteis.

Em termos práticos, se, por exemplo, estiver à procura de uma fonte de alimentação substituta da original (um carregador, por exemplo), deve garantir que a “voltagem” de saída indicada é a mesma da fonte original. E, ainda mais importante, que os polos (positivo e negativo) estejam no sítio certo.

Amperes: respeitar o mínimo

Os amperes indicam a intensidade da corrente. No entanto, o valor que é apresentado na ficha técnica dos produtos não se refere à intensidade contínua, mas sim à intensidade máxima que o produto é capaz de oferecer ou requisitar. Como tal, não há problema em, por exemplo, adquirir um adaptador de corrente com mais amperes que o original. Mas é necessário garantir o mínimo. Isto significa que, por exemplo, se um portátil indicar «19 V/3 A», então devemos comprar um adaptador de corrente capaz de fornecer 19 Volts (“certos”) e um mínimo de 3 Amperes. Por exemplo, um carregador com «19 V/5 A» (10 volts, 5 amperes) será perfeitamente adequado. Isto porque o aparelho só vai requisitar a intensidade que precisa – até é bom que exista alguma margem de segurança.

Isto acontece porque os aparelhos com bateria incluem, regra geral, um controlador de carga, que define a intensidade máxima de corrente que pode ser fornecida às baterias sem danificá-las. Esta regra deixa de ser válida quando há uma ligação direta entre o carregador e as baterias. Exemplos: carregadores autónomos de “pilhas” recarregáveis (células) ou de baterias de câmaras fotográficas e de vídeo. Nestes casos, o carregador é que define a intensidade aplicada às baterias, o que torna ainda mais importante a escolha correta. Neste caso, convém escolher um aparelho com a intensidade (amperes) do original ou recomendado pelo fabricante. Mais à frente explicamos as consequências de alterar a intensidade de carga.

Vale a pena pagar mais?

Em geral, a resposta é sim. A transformação de energia que ocorre num adaptador/transformador é um processo muito dependente da qualidade dos componentes, o que tende a afetar bastante o preço do produto. Um adaptador de baixo custo apresenta, regra geral, variações importantes na saída, tanto na tensão (volts) como na intensidade (amperes). A má qualidade dos componentes pode também dar a origem a sobrecargas e até mesmo incêndios provocados por curto-circuitos ou por sobreaquecimento (transformadores de má qualidade têm um menor rendimento energético, o que significa que uma maior parte da energia que vão buscar à rede é transformada em calor e não em energia de saída).

O que se torna mais evidente quando se trabalha com potências maiores (mais amperes e/ou mais volts). Ou seja, num carregador USB de baixa intensidade (em regra, não ultrapassam 1 ampere) pode não representar um perigo importante, mas não convém arriscar nada em adaptadores de maior potência.

O melhor é mesmo comprar um adaptador suportado oficialmente pelo fabricante. Até para evitar outros problemas: a utilização de um adaptador não oficial pode ser o suficiente para que a garantia perca a validade e alguns portáteis não aceitam carga de adaptadores de outas marcas.

Quando carregar?

A ideia de que devemos deixar as baterias descarregarem completamente para aumentar a longevidade das células é errada. Pelo menos quando aplicada às baterias atuais, que são, na sua esmagadora maioria, baseadas em células de lítio. Trata-se de uma ideia que vem dos tempos das baterias de níquel onde, de facto, é conveniente aplicar ciclos de carga/descarga completos.

Na verdade, a técnica a usar para aumentar ao máximo a longevidade das baterias mais utilizados na atualidade é a inversa: evitar cargas e descargas completas. Cada vez mais os sistemas de gestão da carga integrados nos aparelhos fazem isso mesmo automaticamente. Há fabricantes que optam por criar circuitos mais conservadores (usar uma parte menor da capacidade total da bateria), que permitem uma maior durabilidade das baterias. Outros preferem apostar em usar uma maior percentagem da capacidade da bateria à custa da longevidade o que permite poupar no custo de produção (usam baterias de menor capacidade). Nestes casos a capacidade da bateria pode diminuir rapidamente após alguns meses de utilização. Nos portáteis é comum as marcas optarem pela primeira estratégia em máquina de menor custo e pela segunda opção em máquinas mais caras (segmento profissional, por exemplo).

Ou seja, quando, por exemplo, o nível de carga indicado por um iPhone novo é de 10%, na verdade a carga deverá estar mais próxima dos 30%. E quanto o nível indicado é de 100%, é provável que a carga real ande próxima dos 80 a 90 porcento. Deste modo os fabricantes conseguem que as baterias durem mais anos.

Se utiliza um dispositivo móvel de qualidade, então não tem de se preocupar com quando deve ou não deve carregar a bateria já que a gestão integrada deverá ser suficiente para manter a bateria saudável durante alguns anos.

No entanto, pode sempre ajudar nesta gestão, evitando que a carga não ultrapasse os 80 a 90% e, ainda mais importante, evitando que o nível desça abaixo de 20%. Muitos aparelhos incluem a opção de limitar a capacidade máxima da carga para “castigar” menos a bateria. Uma técnica comum em carros elétricos e também utilizada em alguns portáteis. Procure por esta opção e ative-a quando prevê que não vai precisar de toda a capacidade da bateria.

Como é normal, quanto mais a bateria for utilizada menos vai durar. Aliás é isso que significa o número de ciclos de carga normalmente anunciados pelos fabricantes. No entanto, uma bateria não utilizada por muito tempo também acaba por perder capacidade, sobretudo se for mal acondicionada. Em aparelhos com bateria amovível e que ficam ligados durante muito tempo à corrente elétrica, o melhor é remover a bateria e guardá-la num sítio seco e longe e longe de luz solar intensa. No entanto, a bateria nunca deve ser guardada durante longos períodos de tempo com uma carga muito elevada ou sem carga. Se planeia não utilizar a bateria durante vários dias, o melhor será guardá-la com cerca de 40% de capacidade. Mas mesmo assim recomendamos que não deixe a bateria sem uso durante muitos dias. O melhor é utilizar a bateria pelo menos uma vez por semana, deixando-a descarregar até 20% e voltar a carregar até 80%. Depois deixe gastar até 40% para voltar a retirá-la.

Claro que em muitas situações precisamos de usar toda a bateria, desde os 100 aos 0 por cento. O que também é bom que aconteça, pelo menos ocasionalmente, de modo a que o sistema de gestão de energia seja calibrado – só assim as percentagens indicadas são fiáveis.

Carga rápida: sim ou não?

Há adaptadores de corrente que prometem carregar mais rapidamente os dispositivos. Para o efeito, utilizam uma maior potência elétrica. No entanto, a utilização deste tipo de adaptadores tem algumas limitações e pode afetar a longevidade da bateria. A primeira limitação prende-se com o que já foi referido anteriormente: os gestores de carga integrados nos aparelhos limitam a intensidade de corrente que pode ser usada. Por exemplo, muitos smartphones têm a entrada de energia limitada a 1 ampere (1 A), o que significa que a utilização de um carregador com mais capacidade não fará qualquer diferença.

Depois há que considerar o efeito negativo que a carga rápida pode ter nas células da bateria. Uma vez mais, depende muito do sistema de gestão de carga. Por exemplo, um bom sistema de gestão é dinâmico, sendo capaz de alterar a intensidade de carga de acordo com diferentes condições das células, com destaque para a temperatura e nível de carga. Em regra, estes sistemas permitem aplicar uma maior potência no início, quando o nível da bateria é menor, diminuindo no final, quando o nível de carga da bateria aproxima-se da capacidade máxima. Uma técnica que permite aumentar a velocidade de carga sem afetar a vida da bateria – pelo menos não de modo evidente. É o que acontece, por exemplo, no iPhone 6. Apesar de este smartphone vir acompanhado de um carregador de 1 A, a utilização de um carregador de 2 A – o que é fornecido com o iPad, por exemplo – acelera significativamente a carga, sobretudo a parte inicial.

Resumindo: podemos usar adaptadores mais potentes, mas apenas em dispositivos que estejam preparados para receber os eletrões extra. Nas situações de carga direta das baterias (sem sistema de gestão), é importante respeitar os valores dos fabricantes para não reduzir a longevidade da bateria – nos casos extremos, potência de carga a mais pode danificar por completo as células.

Técnicas para aumentar a vida da bateria
Válido para as baterias de iões de lítio, as mais utilizadas atualmente.
– Evite usar a bateria com pouca carga (tente manter a carga acima dos 20%)
– Se possível, limite a carga máxima a 80% ou mesmo menos (há portáteis com opção de limitar a carga máxima)
– Não exponha a bateria a fontes de calor, sobretudo quando a carregar (nos portáteis, pode usar uma base de refrigeração)
– Prefira cargas lentas (de menor potência)
– Não guarde as baterias durante muito tempo com pouca carga ou totalmente carregadas

Como escolher uma bateria ou um powebank

Muitos dispositivos móveis permitem substituir a bateria, o que é uma operação recomendada quando a autonomia já “não é o que era”. Por vezes há alternativas muito económicas no mercado, mas tenha muita atenção à escolha. A bateria até pode ter os volts e os amperes certos, mas estes valores não representam a capacidade (apenas a tensão elétrica e a intensidade máxima da corrente). A capacidade da bateria é indicada pelos watts hora (Wh) e os seus múltiplos (mWh e kWh, por exemplo). No entanto, quando comparamos baterias para o mesmo aparelho, então podemos usar os amperes hora (e seus múltiplos, como mAh) já que a tensão elétrica é a mesma e os watts hora resultam da multiplicação dos amperes hora pela tensão elétrica (ver Glossário). Por exemplo, uma bateria de 3000 mAh (3 Ah) vai ter mais autonomia do que uma bateria de 2500 mAh (2,5 Ah). Pelo menos em teoria, porque temos verificado que as baterias de baixo custo de marcas “esquisitas” muitas vezes têm capacidades inferiores ao anunciado. Muito comum em powerbanks.

Se tem um tablet ou um smartphone com uma bateria de grande capacidade, prefira os powerbanks com uma porta USB de 2 amperes – alguns modelos têm duas portas USB, uma de 1 A e outra de 2 A.

USB: está cada vez mais rápido
Provavelmente já reparou que as baterias dos seus dispositivos carregam lentamente ou não carregam de todo quando usa a porta USB de um computador. Isto acontece porque as portas USB 1.0 e 2.0 apenas disponibilizam 500 mA (0,5 amperes), o que não é suficiente para muitos dispositivos. No entanto, há portas USB criadas para poderem alimentar dispositivos com maiores exigências, com até 1500 mA. As novas portas USB 3.1 e USB Type C podem chegar a 5 amperes e 20 volts (até 100 watts de potência).

Glossário: domine a linguagem

Primeiro é necessário entender os conceitos básicos da energia elétrica. Os e-mails que recebemos diariamente demonstram que os utilizadores confundem frequentemente estes conceitos, o que leva a interpretações erradas na análise das características técnicas.
DC (corrente contínua), AC (corrente alterna) – Muitos adaptadores de corrente (carregadores, por exemplo) têm indicações como 230 V AC ou 24 V DC. Uma forma rápida de indicar a tensão elétrica (volts) e o tipo de corrente (DC ou AC). Na corrente contínua o carga elétrica (os eletrões) flui sempre no mesmo sentido. É a corrente normalmente usada nos dispositivos eletrónicos e é também a corrente usada nas baterias dos nossos gadgets. Na corrente alterna há uma alternância constante no sentido da corrente. É a corrente produzida nas centrais elétrica e a corrente usada na distribuição da energia elétrica, incluindo na rede elétrica das nossas casas. A frequência da rede indica o número de vezes em que o sentido da corrente alterna por segundo (Hz). Em Portugal, a rede elétrica é de 230 volts e 50 Hz.
Transformadores, adaptadores de corrente, carregadores – Como os dispositivos eletrónicos funcionam, regra geral, com corrente contínua de baixa tensão, é necessário transformar a corrente elétrica alterna de tensão média disponível nas tomadas elétricas em corrente contínua de baixa tensão requisitada pelos aparelhos eletrónicos. É isso que, por exemplo, os carregadores dos portáteis e smartphones fazem. Também os PCs de secretária têm estes adaptadores, normalmente dentro da caixa sob a forma de fonte de alimentação. Alguns destes adaptadores têm diferentes linhas de saída com diferentes tensões elétricas – caso dos carregadores de alguns portáteis de alto desempenho. Mas a maioria destes aparelhos têm apenas uma saída simples (um positivo e um negativo).
Volts – Tensão elétrica. Só por si, não representa potência ou capacidade energética de uma bateria. Os volts indicam a capacidade de uma carga elétrica mudar de posição. É o equivalente à cota de água de uma barragem: quando mais alto for o nível da água, mais potencial há dessa água deslocar-se. Como a água, que se move dos pontos mais altos para os pontos mais baixos (diferença de altura, que cria uma diferença de pressão), a corrente elétrica move-se dos potenciais mais altos para os potenciais mais baixos (diferença de potencial, os volts). Aliás, uma bateria pode ser vista como o equivalente a uma bomba de água: enquanto uma bomba aumenta a pressão da água, uma bateria aumenta a tensão elétrica de um pólo para o outro.
Amperes – Indica a intensidade da corrente. Seguindo o mesmo exemplo da água, se imaginarmos um tubo que ligue dois depósitos, o caudal da água no tubo (em volume por segundo) é o equivalente aos amperes num fio elétrico (carga elétrica por segundo).
Watts – Representa a potência, que resulta da multiplicação da intensidade (amperes) pela diferença de potencial (volts). Um exemplo concreto: num aparelho com bateria de 12 volts que está a fornecer uma intensidade de corrente de 2 amperes, a potência é de 24 watts (12 volts x 2 amperes). Os watts também são uma indicação do consumo instantâneo. Se, por exemplo, uma lâmpada de 20 watts de potência estiver ligada durante duas horas, então o consumo é de 40 watts hora (20 watts x 2 horas) ou, de um outro modo, 0,04 kWh (quilowatts hora, que normalmente é a unidade usada para medir o consumo energético nas nossas casas). Por esta razão, os watts hora também são a medida da capacidade das baterias. Por exemplo, uma bateria de 10 kWh será, em teoria, capaz de fornecer uma potência de 10 kW durante uma hora ou uma potência de 5 kW durante duas horas (5×2).

Fonte: Tudo o que precisa de saber sobre baterias e carregamentos

Raspberry PI: Como acender um LED?

Além das funcionalidades já conhecidas deste pequeno PC, o Raspberry Pi disponibiliza também a interface GPIO, que nos permite interligá-lo com outros dispositivos (ex. LEDs, sensores, actuadores, etc). Hoje vamos aprender como podem facilmente ligar/desligar um LED.

Neste tutorial vamos aprender a ligar/desligar um LED. Para isso vamos precisar do seguinte material:

Material Necessário

  • Breadboard
  • 1 LED
  • 1 Resistência (para este tutorial usamos de 1kΩ)
  • 2 cabos macho/fêmea

Pins no GPIO

O GPIO (General Purpose Input/Output) é basicamente uma interface que nos permite ligar ao PI a outros dispositivos e controlar os mesmos. Por exemplo, podemos ligar e visualizar o output do sensor de humidade, de temperatura, gás, ligar/desligar um LED ou uma lâmpada, por exemplo.

O diagrama seguinte mostra o layout de pinos para os vários modelos do Raspberry Pi. Para este tutorial usamos o Pi 2.

gpio_00

Construir o Circuito

Como referido, o objectivo deste tutorial é simplesmente conseguir controlar um LED. Basicamente o LED irá acender quando receber energia e a resistência tem apenas como função a limitação de corrente no circuito.

Vamos então ligar o primeiro fio ao pino 3 (GND) e vamos usar o pino 18 para ligar o segundo fio (ver layout de pinos do Pi 2). É a partir do pino 18 que vamos controlar e definir se o LED está aceso ou apagado.

led_02

Ligações físicas

De acordo com o diagrama lógico, as ligações devem ficar desta forma.

rpi_03

Código

Além da simplicidade da montagem do circuito, a programação é também simples. Para isso basta que criem um ficheiro (ex. LED.py)

nano LED.py

e insiram o seguinte código:

import RPi.GPIO as GPIO
import time
GPIO.setmode(GPIO.BCM)
GPIO.setwarnings(False)
GPIO.setup(18,GPIO.OUT)
print "LED on"
GPIO.output(18,GPIO.HIGH)
time.sleep(1)
print "LED off"
GPIO.output(18,GPIO.LOW)

Depois é só gravar e executar o código usando o seguinte comando:

sudo python LED.py

Breve explicação do código

GPIO.setmode(GPIO.BCM)

  • Primeiro temos de definir qual a nomenclatura de numeração usada (isto porque existem vários nomes para cada pino). Neste caso vamos usar BMC – Broadcom SOC channel (numeração apresentada nos rectângulos no esquema seguinte).

rpi_02

GPIO.setup(18,GPIO.OUT)

  • Definimos depois que o pino 18 como saída, ou seja, podemos definir o seu estado para “on” ou “off”.

GPIO.output(18,GPIO.HIGH)

  • Mudar o estado do pino para ON e assim acender o LED

GPIO.output(18,GPIO.LOW)

  • Mudar o estado do pino para OFF e assim apagar o LED

Fonte: Raspberry PI: Como acender um LED?

Apple TV 4: Specs & Unboxing

A Apple, finalmente, decidiu actualizar a Apple TV que durante vários anos não tinha mostrado grande evolução. Embora esta evolução não seja um salto na vanguarda de várias tecnologias utilizadas é, contudo, uma nova fase neste dispositivo. Agora está mais abrangente e preconiza mais um grande negócio para developers e para fornecedores de conteúdos.

Depois de muitos meses de rumores, a Apple lançou na última keynote a nova versão da Apple TV.

Há várias tecnologias “novas”, que estão agora disponíveis neste produto. Temos assim a integração com a Siri, que permite um controlo sem qualquer contacto e também um novo comando, com capacidades de toque.

Características

Tamanho e peso

  • Altura: 35 mm
  • Largura: 98 mm
  • Profundidade: 98 mm
  • Peso: 425 g

Capacidade e preços

  • 32GB – 149 dólares
  • 64GB – 199 dólares

Controlo remoto Siri

  • Tecnologia sem fio Bluetooth 4.0
  • Transmissor IR
  • Acelerómetro e giroscópio
  • Porta Lightning para recarregar
  • Bateria recarregável

Portas e Interfaces

  • HDMI 1.4 3
  • Wi-Fi 802.11ac com MIMO
  • Ethernet 10 / 100BASE-T
  • Tecnologia sem fio Bluetooth 4.0
  • Receptor IR
  • USB-C para serviço e suporte
  • Fonte de alimentação interior

Processador

  • Chips A8 com arquitectura de 64 bits

Sistema Operativo

  • tvOS

Na caixa

  • Apple TV
  • Comando remoto Siri
  • Cabo de alimentação
  • Cabo Lightning para cabo USB
  • Documentação

Notámos logo um impacto no que vemos, não, estamos já a falar na Interface totalmente redesenhada. Esta está agora muito mais simple e muito mais integrada com os conteúdos.

Também a Siri tem aqui um papel importante ao permitir que todas as pesquisas sejam feitas directamente com a voz.

O novo comando é o ponto central da Apple TV. Temos de aprender ainda a lidar com os comandos, mais ainda porque o idioma ainda não é o que pretendemos! Mas está muito apurada a Siri.

Como já foi referido, a Apple dá tanta importância a esta nova Apple TV que lhe criou um sistema operativo próprio, com APIs e ferramentas de programação próprias.

Assim nasceu um novo ecossistema dentro de um ecossistema. Mais uma fonte de produção, agora totalmente virada para a TV.

Iremos facilmente ter acesso a apps que ajudarão a gerir a programação, mais jogos, mais ferramentas utilitárias e até haverá mais diversão com o modo multi-player que pode ser usado nos jogos, com a Apple TV a suportar nativamente.

Compras, pesquisas, acesso a redes redes sociais e muito mais. Há muito ainda para pesquisar e é o que vamos fazer nos próximos tempos, tirar proveito para ver o alcance desta novidade da Apple.

Quando chega a Portugal?

O anúncio oficial, no evento, dizia-nos que a Apple TV chegaria já em Outubro a 80 países, Portugal incluído, é esse o timing oficial, contudo têm circulado rumores que dizem que o lançamento ficará adiado até inícios de Novembro. Esperemos que seja já neste mês.

Apple TV

Fonte: Apple TV 4: Recebemos e gostámos do que vimos