Linux: Como aumentar a velocidade de acesso à Internet?

Infelizmente no mundo da tecnologia/comunicações não existem “milagres”! Quando se fala em acesso à Internet tudo depende da velocidade contratada ao operador e como sabemos essa largura de banda é normalmente partilhada por outros utilizadores.

No entanto é sempre possível fazer algumas afinações no sistema de modo a garantir a velocidade mais rápida possível. Para quem usa Linux, aqui ficam algumas dicas.

Alteração do DNS

Um dos serviços mais importantes em qualquer rede é o DNS (Domain Name System)). Este serviço é responsável pela tradução de nomes, em endereços de IP e vice-versa e funciona à base de pedidos e respostas, isto é, uma máquina faz um pedido para saber o IP associado a um determinado nome e o serviço envia-lhe essa informação.

Quanto mais rápido for essa resposta mais rápida será a ligação da nossa máquina ao servidor (ex. servidor web) que pretendemos aceder. Um dos serviços de DNS mundiais mais rápidos actualmente é o da Google com os endereços 8.8.8.8 e 8.8.4.4 (isto para IPv4) e 2001:4860:4860::8888 (para IPv6).

DNS_00

Alteração do MTU

MTU é a abreviatura para Maximum Transmission Unit. O MTU é basicamente o parâmetro que determina o tamanho máximo dos pacotes (por exemplo, se vão enviar um filme de 800 MB pela rede, esse conteúdo tem de ter “partido” em pedaços mais pequenos (fragmentação) para que seja recebido pelo destinatário).

Se o valor do MTU é pequeno isso traduz-se num maior número de pacotes criados o que significa a ocupação do canal de transmissão por mais tempo.  Mas afinal qual o melhor MTU?

Podemos fazer testes e verificar qual a melhor valor para nossa ligação. Para isso podem recorrer à popular ferramenta ping e começar com um MTU de 1472 (o standard para Ethernet é 1500 bytes) e depois incrementar /decrementar 10 até encontrarem qual o melhor valor.

mtu_00

Depois de encontrarem o melhor valor basta ir ao ficheiro /etc/network/interfaces e acrescentar a linha “mtu 1472” (indicando qual o vosso melhor valor encontrado.

mtu_01

Browser

Ao nível do browser é também possível fazer algumas afinações. Tanto o Firefox com Chrome/Chromium permitem activar um tipo de “fast caching” que pode aumentar a velocidade dos nossos acessos regulares. Para activar tal funcionalidade (no chrome) basta escrever o endreço

cache

Fonte: Linux: Como aumentar a velocidade de acesso à Internet? – Pplware

Comandos Linux para Totós – Tutorial nº 21

Comandos Linux para Totós – Tutorial nº 21

Criado por Pedro Pinto em 16 de Novembro de 2011 | 15 comentários

Configuração de parâmetros de rede

Ora vivam caros linuxianos!!! Cá estamos nós para mais uma rubrica “Comandos Linux para Totós”. Pelo feedback que temos tido de muitos leitores sobre esta rubrica, concluímos mais uma vez que esta “pequena” documentação sobre Linux tem ajudado muitos a darem os primeiros passos no mundo do terminal preto. Era esse o nosso objectivo e ficamos muito satisfeitos com todos os comentários.

Estão prontos para mais uma rubrica…terminal preto já está On? Ora vamos lá…

linux_totos

Nos dias que correm uma máquina sem Internet é quase como uma peça de museu! Nesse sentido, além de ser importante saber configurar a rede num sistema Linux é também importante saber fazer troubleshootingcaso haja algum problema. Tendo como base o Linux CentOS, hoje vamos ensinar a configurar as interfaces de rede e outros parâmetros associados. Va

Ficheiros para configuração dos parâmetros de rede

  • /etc/hosts – Registo de nomes (locais)
  • /etc/host.conf – Indica a ordem pela qual os nomes são resolvidos em IPs
  • /etc/resolv.conf – Indicação dos servidores de DNS
  • /etc/sysconfig/network – Hostname (nome da máquina) e gateway

Na directoria etc/sysconfig/network-scripts/ podem ser encontrados vários scripts de configuração das interface.

Vamos a uns exemplos de configuração dos ficheiros referidos anteriormente, considerando os seguintes parâmetros de rede de uma máquina:

  • Endereço IP: 192.168.0.1
  • Mascara: 255.255.255.0
  • Gateway:  IP: 192.168.0.254
  • DNS: 192.168.0.254 e 192.168.0.253

Vamos então à configuração dos ficheiros.

/etc/hosts

No ficheiro hosts é normalmente associado o nome da máquina ao endereço loopback. No entanto, este ficheiro pode também ser usado para associar “manualmente” um nome a um endereço IP.

[root@pplware network-scripts]# cat /etc/hosts
 127.0.0.1   tiger.pplware.com localhost.localdomain    localhost
 ::1    localhost6.localdomain6    localhost6

etc/host.conf

Este ficheiro indica a ordem que deve ser seguida para resolver um nome num endereço IP. No seguinte exemplo podemos ver que o primeiro ficheiro a ser consultado é o hosts e o parâmetro bind refere-se ao serviço de DNS configurado no ficheiro /etc/resolv.conf.

[root@pplware network-scripts]# cat /etc/host.conf
order hosts,bind

/etc/resolv.conf

Neste ficheiro configuramos os servidores de DNS. A directiva search

[root@pplware network-scripts]# cat /etc/resolv.conf
; generated by /sbin/dhclient-script   nameserver 192.168.0.254
nameserver 192.168.0.253

/etc/sysconfig/network

Tal como referido, neste ficheiro indicamos o nome da máquina e o gateway.

[root@pplware network-scripts]# cat /etc/sysconfig/network
NETWORKING=yes
NETWORKING_IPV6=no
HOSTNAME=tiger.pplware.com
GATEWAY=192.168.0.100

/etc/sysconfig/network-scripts/ifcfg-eth0

Vamos agora configurar a interface de rede propriamente dita. Como exemplo vamos ensinar como configurar a interface eth0 (configurada a partir do ficheiro ifcfg-eth0, que se encontra no tal directório referido anteriormente – /etc/sysconfig/network).

[root@pplware network-scripts]#cat /etc/sysconfig/network-scripts/ifcfg-eth0
# Intel Corporation 82545EM Gigabit Ethernet Controller (Copper)
DEVICE=eth0:0
BOOTPROTO=static
BROADCAST=192.168.0.255
IPADDR=192.168.0.1
NETMASK=255.255.255.0
NETWORK=192.168.0.0
ONBOOT=yes

Por hoje é tudo! Espero que estejam a aproveitar estes tutoriais para aumentar ainda mais o vosso conhecimento sobre Linux e aguardo ansiosamente o vosso feedback. E os vossos contributos? Alguém quer contribuir com artigos? mail me :)

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Comandos Linux para Totós – Tutorial nº17

Comandos Linux para Totós – Tutorial nº17

Criado por Pedro Pinto em 8 de Outubro de 2011 | 1 comentário

Ora vivam caros Linuxianos (quase Gurus) !!! Cá estamos nós para mais uma rubrica “Comandos Linux para Totós”. Se bem se lembram, nas ultimas duas rubricas ensinamos a criar utilizadores, grupos, a gerir os ficheiros onde essa informação é mantida, etc. Para complementar esta parte, hoje vamos aprender mais alguns comandos que permitem modificar, apagar utilizadores e grupos.

É hora de abrir o terminal preto para testar mais uns comandos! Lets go…

totos

Recapitulando como criar utilizadores e grupos

Se bem se lembram, para criar um utilizador no Linux via terminal podemos usar um dos seguintes comandos:useradd ou adduser. A função do useradd e adduser no Fedora / Centos é igual. Já em distribuições baseadas em Debian, o adduser disponibiliza um método interactivo para criação de contas (várias questões sobre parâmetros do utilizador).

De maneira idêntica à forma como se criam utilizadores, podemos também criar grupos usando o comandogroupadd.

Outros comandos

passwd – Permite mudar a password de um determinado utilizador

pplware@pplware:~$ passwd ppinto
Changing password for user ppinto.
New UNIX password:

chfn – Mudar o campo que contém o nome completo do utilizador

chfn ppinto
Changing finger information for ppinto.
Name [Pedro Pinto]:

usermod – Permite modificar parâmetros de uma conta (ex. directório do utilizador,gid, passwod, etc).

  • -c “Nome Completo” – Modifica o nome de um utilizador
  • -d /Directório  – Modifica o directório associado ao utilizador
  • ‐e  AAAA/MM/DD – Define a data em que a  conta do utilizador expira
  • ‐f  nº de dia – Define o número de dias que a conta de um utilizador expire
  • ‐g  grupo – Define um novo grupo
  • -p password – Define nova password
  • -s shell – Define nova shell
pplware@pplware:~$ usermode –c “Pedro Pinto” ppinto

userdel – Permite remover uma determinada conta e respectivos ficheiros

pplware@pplware:~$ userdel –r ppinto

chage – muda a informação relativa ao período de expiração da password.

pplware@pplware:~$ chage -l ppinto
Last password change                                    : Nov 05, 2009

Password expires                                        : never
Password inactive                                       : never
Account expires                                         : never
Minimum number of days between password change          : 0
Maximum number of days between password change          : 99999
Number of days of warning before password expires       : 7

Se nunca quiser que a password expire deve usar o seguinte comando

pplware@pplware:~$ chage -M 99999 nome_do_utilizador

GRUPOS

gwpasswd –  Alterar a password de um determinado grupo

groupdel – Apagar um determinado grupo

Por hoje é tudo! Espero que estejam a aproveitar estes tutoriais para aumentar ainda mais o vosso conhecimento sobre Linux. E os vossos contributos? Alguém quer contribuir com artigos? mail me :)

Comandos Linux para Totós – Tutorial nº14

Comandos Linux para Totós – Tutorial nº14

Criado por Pedro Pinto em 20 de Setembro de 2011 | 14 comentários

Aprenda a criar alias

Ora vivam caros linuxianos!!! Cá estamos nós para mais uma rubrica “Comandos Linux para Totós”. Pelo feedback que temos tido de muitos leitores sobre esta rubrica, concluímos que esta “pequena” documentação sobre Linux tem ajudado muitos a darem os primeiros passos no mundo do terminal preto. Era esse o nosso objectivo e ficamos muito satisfeitos com todos os comentários. Não se esqueçam que podem enviar as vossas dicas por e-mail para serem publicadas.

O terminal preto está pronto? Let’s go…

totos

Depois de na última rubrica termos aprendido a criar utilizadores através da linha de comandos (ver aqui) fica já definido que nos próximos artigos iremos ensinar a criar grupos e a perceber a informação contida no ficheiro que mantém o registo dos utilizadores.

Para um utilizador que usa frequentemente a linha de comandos é normal usar o mesmo comando, com os respectivos parâmetros, várias vezes nas suas sessões. Por vezes, os comandos podem tornam-se “complexos” e extensos e nesse momento nada melhor que criar um alias para simplificar a invocação do comando.

De uma forma geral, e no contexto do terminal de comandos linux, um alias é um nome “amigável” que podemos atribuir para invocar um comando complicado de decorar ou então um comando extenso.

Sintaxe do alias
alias novo_nome='comando'

Vamos considerar o seguinte comando como exemplo:

sed -e "s/pedro/Pedro/g" < entrada.txt > saída.txt

E se fosse possível invocar o comando seguinte escrevendo no terminal, por exemplo, apenas sedpp. Para tal, basta criar o seguinte alias:

alias sedpp=’sed -e "s/pedro/Pedro/g" < entrada.txt > saída.txt'

Desta forma, além de ser possível introduzir todo o comando referido, podemos apenas invocar o mesmo, escrevendo sedpp.

No linux existe o ficheiro .bashrc onde podemos guardar de forma permanente todos alias criados. Assim, mesmo que façamos restart ao sistema, a informação sobre os alias criados não é perdida.

Exemplo do ficheiro .bashrc (para quem quiser editar o ficheiro pode usar o comando vi .bashrc)

# .bashrc
# User specific aliases and functions
alias rm='rm -i'
alias cp='cp -i'
alias mv='mv –i'   alias sedpp=’sed -e "s/pedro/Pedro/g" < entrada.txt > saída.txt'   # Source global definitions
if [ -f /etc/bashrc ]; then
. /etc/bashrc
fi

Fácil não é? Ficamos agora a espera da vossa parte de alguns alias que acham que seriam interessantes de criar no terminal linux.

E se eu pretende-se apenas escrever ‘e’ para desligar o sistema?

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Comandos Linux para Totós – Tutorial nº15

Comandos Linux para Totós – Tutorial nº15

Criado por Pedro Pinto em 24 de Setembro de 2011 | 16 comentários

Onde fica guardada a informação dos utilizadores e as passwords?

Ora vivam caros linuxianos!!! Cá estamos nós para mais uma rubrica “Comandos Linux para Totós”. Depois de terem aprendido a criar utilizadores via linha de comandos, hoje vamos mostrar onde o Linux guarda a informação dos utilizadores e respectiva password  e de que forma.

Já ligaram os motores do terminal preto? Vamos lá então.

totos

Se bem se lembram, para criar um utilizador no Linux via terminal podemos usar um dos seguintes comandos:useradd ou adduser. A função do useradd e adduser no Fedora / Centos é igual. Já em distribuições baseadas em Debian, o adduserdisponibiliza um método interactivo para criação de contas (várias questões sobre parâmetros do utilizador).

E onde fica essa informação?

O ficheiro «/etc/passwd», guarda a lista de todos os utilizadores do sistema.

passwd_00

Onde os campos anteriores representam:

passwd_01Como podemos verificar, o segundo campo corresponde à password e apenas tem um «x». Nas distribuições recentes, a password do utilizador é cifrada e mantida no ficheiro «/etc/shadow». Tal acontece porque o ficheiro /etc/passwd está sempre desprotegido para que qualquer utilizador possa ler o seu conteúdo.

pplware@tiger:~$ cat /etc/shadow
pplware:$$aJGev/yi$Vxva4ns3g1/sjQtay6fF.sbD.m7B7hE0Gu1:15219:0:99999:7:::
ppinto:$$ncgFWWQZyC5bW7JjQgNj3F.xii1x4oHXkE/Yy5M/0gQkSTAcG0:15234:0:99999:7:::

Resumindo, a informação dos utilizadores é mantida no ficheiro passwd e as respectivas passwords são guardadas no ficheiro shadow. No próximo tutorial vamos falar sobre grupos. Bom fim de semana!

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Comandos Linux para Totós – Tutorial nº16

Comandos Linux para Totós – Tutorial nº16

Criado por Pedro Pinto em 26 de Setembro de 2011 | 0 comentários

Ora vivam caros Linuxianos (quase Gurus) !!! Cá estamos nós para mais uma rubrica “Comandos Linux para Totós”. Depois de terem aprendido a criar utilizadores via linha de comandos e saber onde fica armazenada essa informação, hoje vamos falar sobre grupos em Linux.

Já têm o terminal preto pronto? Lets go…

totos

De maneira idêntica à forma como se criam utilizadores, podemos também criar grupos usando o comandogroupadd . O comando groupadd permite criar um novo grupo na estrutura do Linux e assim agrupar utilizadores com características e permissões semelhantes. De referir que, quando criamos um utilizador e não indicamos o grupo, é criado automaticamente um grupo (GID) com um identificador numérico igual ao atribuído ao utilizador (UID).

Exemplo do comando useradd indicando que o utilizador deve pertencer ao grupo com o ID 100 (opção –g 100)

useradd -u 301 -g 100 -s /bin/bash -d /home/ppinto ppinto

Nota: Se espreitarem o ficheiro /etc/passwd, podem ver a que grupo/grupos pertence um determinado utilizador.

Como criar um grupo no Linux?

Para criar um grupo no linux basta usar o comando groupadd seguido do nome do grupo.

groupadd pplware

A informação relativamente aos grupos criados fica guardada no ficheiro /etc/group. O ficheiro /etc/gshadow pode guardar informações mais sensíveis relativamente aos grupos (apenas legível pelo grupo root) .

Boa Prática: É habitual usar múltiplos de 100 para grupos e os números  imediatamente a seguir para utilizadores. Exemplo Grupo=600, user1=601, user2=602;

Por hoje ficamos por aqui. Estejam atentos aos próximos artigos da rúbrica “Comandos Linux para Totós”. Será que não há candidatos para escrever os próximos artigos? Nós ajudamos!

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Comandos Linux para Totós – Tutorial nº13

Comandos Linux para Totós – Tutorial nº13

Criado por Pedro Pinto em 17 de Setembro de 2011 | 16 comentários

Criar utilizadores pela linha de comandos

Ora vivam caros linuxianos!!! Cá estamos nós para mais uma rubrica “Comandos Linux para Totós”. Pelo feedback que temos tido de muitos leitores sobre esta rubrica, concluímos que esta “pequena” documentação sobre Linux tem ajudado muitos a darem os primeiros passos no mundo do terminal preto. Era esse o nosso objectivo e ficamos muito satisfeitos com todos os comentários.

Apertem os cintos que vamos descolar para mais uma viagem no terminal preto!

totos

Depois de termos aprendido já alguns conceitos e comandos básicos do terminal Linux, hoje decidi preparar um artigo a ensinar como criar utilizadores no Linux. Como sabemos, o Linux é um sistema multi-utilizador já que permite o acesso simultâneo de vários utilizadores.

Mas como criar um utilizador no terminal Linux?

Para criar um utilizador no Linux via terminal podemos usar um dos seguintes comandos: useradd ou adduser. A função do useradd e adduser no Fedora / Centos é igual. Já em distribuições baseadas em Debian, o adduserdisponibiliza um método interactivo para criação de contas (várias questões sobre parâmetros do utilizador).

Criar utilizadores com useradd

Vamos então criar um utilizador com as seguinte definições com o comando useradd:

  • UID (user ID): 301
  • GUI: 301
  • shell=bash
  • home=/home/ppinto
  • username=ppinto

Utilização do useradd

useradd -u 301 -g 301 -s /bin/bash -d /home/ppinto ppinto

onde:

  • u – UID (Numero entre 0 e 65535 que identifica cada utilizador)
  • g – GUI  (Numero entre 0 e 65535 que identifica o grupo a que cada utilizador pertence)
  • d – Home Directory  a ser criada para o utilizador)

Nota importante: De referir que para definir  uma password através do comando useradd é necessário incluir o parâmetro –pxxxxx (onde xxxx é a password). Caso contrário podemos usar o comando passwd <utilizador>:

[root@pplware ~]# passwd ppinto

De seguida devemos definir a pasword e confirmar a mesma  (no linux a password não aparece no standard-output a password introduzida).

[root@pplware ~]# passwd ppinto
Changing password for user ppinto.
New UNIX password:

Nota2: Caso não definam qualquer parâmetro (simplesmente useradd ppinto) o utilizador é criado com base nas definições do ficheiro /etc/default/useradd

Criando utilizadores com adduser

Usando o comando adduser, é disponibilizada uma forma interactiva para criação de utilizadores:

pplware@pplware:~$ sudo adduser ppinto
Adding user `ppinto' ...
Adding new group `ppinto' (1002) ...
Adding new user `ppinto' (1001) with group `ppinto' ...
Creating home directory `/home/ppinto' ...
Copying files from `/etc/skel' ...
Enter new UNIX password:
Retype new UNIX password:
passwd: password updated successfully
Changing the user information for ppinto
Enter the new value, or press ENTER for the default
Full Name []: Pedro Pinto - Pplware
Room Number []: 13
Work Phone []: 12321
Home Phone []: 456654
Other []:
Is the information correct? [Y/n] Y

Fácil não é? Experimentem agora criar dois ou três utilizadores e experimentar autenticarem-se com credenciais dos mesmos no sistema.

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Comandos Linux para Totós – Tutorial nº11

Comandos Linux para Totós – Tutorial nº11

Criado por Pedro Pinto em 10 de Setembro de 2011 | 18 comentários

Ora vivam caros linuxianos!!! Cá estamos nós para mais uma rubrica “Comandos Linux para Totós”. Depois do de termos lançado um passatempo no âmbito desta rubrica que contou com cerca de 150 participações (ver aqui) é hora de carregar no acelerador e aprender mais alguns comandos linux. No futuro iremos ter mais passatempos idênticos, estejam atentos!

Lá vamos nós para  mais uma viagem no “terminal preto”?  Lets go…runlevel 3!

totos

Uma das funcionalidades que uso com alguma regularidade no terminal linux é o redireccionamento de entradas e saídas (E/S). De uma forma geral, qualquer comando ou programa que seja executado está sempre associado a três ficheiros virtuais de E/S:

  • standard-input (stdin – ler informação)
  • standard-output (stdout – enviar informação)
  • standard-error (stderr – enviar mensagens de erro)

Operadores para redireccionamento de entradas e saídas

redirect_linux

Alguns exemplos

Redireccionar o output de um comandos para dentro dentro de um ficheiro

pplware@pplware:~$ ls –la > ppinto.txt
pplware@pplware:~$ echo “Pedro Pinto” > ppinto.txt

Redireccionar o conteudo de um ficheiro para dentro de um comando

pplware@pplware:~$ cat < teste.txt

Em determinadas ocasiões é útil redireccionar a “saída de erro” para um ficheiro

pplware@pplware:~$ find / -name passwd 2> erros.txt

Nota: Para redireccionar a “saída normal” e a saída de erro” utiliza-se &>

Existe também um ficheiro “especial” para onde podemos redireccionar as saídas (output) que não se pretender guardar.

pplware@pplware:~$ cat > /dev/null
pplware@pplware:~$ cat exp0 > /dev/null

O redireccionamento de de entradas e saídas é uma excelente funcionalidade que está presente no terminal Linux. Desta forma, podemos conjugar várias informações num único output. Como desafio queremos saber o que faz o seguinte comando:

cat <<.>texto.txt

Num próximo artigo vamos falar sobre pipes e ver mais alguns exemplos.
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Comandos Linux para Totós – Tutorial nº12

Comandos Linux para Totós – Tutorial nº12

Criado por Pedro Pinto em 14 de Setembro de 2011 | 31 comentários

Ora vivam caros linuxianos!!! Cá estamos nós para mais uma rubrica “Comandos Linux para Totós”. Se bem se lembram, no comandos Linux para totós – tutorial nº11 (ver aqui) ensinamos como redireccionar facilmente o output de um comando para um ficheiro. A pedido de um leitor hoje vamos ensinar a visualizar o conteúdo de um ficheiro usando algumas ferramentas que fazem parte da shell Linux.

totos

Tal como referido, hoje vamos aprender a visualizar a informação de um determinado ficheiro de texto. Muitas são as ferramentas que estão disponíveis para esse efeito mas hoje vamos conhecer as 2 ferramentas que para mim são essenciais no dia a dia: cat e tail.

Se me perguntarem quanto uso o cat e quanto o uso o tail a resposta é simples: se pretender visualizar a informação de um ficheiro uso o cat. Por outro lado, se um determinado ficheiro estiver a ser constantemente actualizado (ex. logs)  uso o tail para aceder a toda a informação em tempo real ou para ler parte do mesmo.

Vamos a alguns exemplos

cat – O cat, além de permitir ler visualizar a informação de um ficheiro de texto, permite também concatenar ficheiros e apresentar a informação no standard-output

Apresentar o conteúdo do ficheiro pplware.txt

cat pplware.txt

Apresentar o conteúdo do ficheiro pplware.txt e ppinto

cat pplware.txt ppinto

Juntar o conteúdo do ficheiro pplware.txt e ppinto num só ficheiro com o nome tudo.txt

cat pplware.txt ppinto > tudo.txt

Acrescentar a informação do ficheiro linux_totos.txt ao ficheiro tudo.txt

cat linux_totos.txt >> tudo.txt

tail – o tail permite visualizar parte da informação do ficheiro. Existem dois argumentos que considero fundamentais na utilização deste comando. O «onde podemos de imediato indicar o número de linhas a serem apresentadas a contar do fim e o «f» (follow) que permite ter sempre a ultima informação de um ficheiro  actualizada no standard-output

Ver as ultimas 15 linhas do ficheiro pplware.txt

tail –n 15 pplware.txt

Ver em tempo real o log das informações do sistema

tail -f /var/log/messages

Espero que tenham percebido a utilização destas duas autenticas pérolas e em caso de duvida ou sugestão deixem os vossos comentários que eu terei todo o gosto em vos ajudar. Antes de fechar o artigo deixo aqui um projecto muito interessante.

Já fazem  parte do projecto Doode – Uma rede Linux de amigos? Eu já ando por lá! Aqui fica o endereço:

Doode – Uma rede Linux de amigos – http://doode.com.br/

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Comandos Linux para Totós – Tutorial nº9

Comandos Linux para Totós – Tutorial nº9

Criado por Pedro Pinto em 25 de Agosto de 2011 | 18 comentários

Estrutura de Directórios

Ora vivam !!! Cá estamos nós para mais uma rubrica “Comandos Linux para Totós”. Hoje vamos falar sobre a estrutura geral de directórios de um sistema Linux. A estrutura de directórios varia de distribuição para distribuição, no entanto vamos referenciar os directórios mais importantes.

linux_totos

A estrutura de directórios de um sistema Linux apresenta um formato de árvore, onde a raiz (/) tem o nome de root.

system_00

Outros directórios que fazem parte da estrutura de ficheiros

  • / – Raíz do sistema;
  • /bin – Contem um conjunto de programas que são usados durante o arranque do sistema ou para a reparação do sistema (binários para todos os utilizadores) ;
  • /boot – Ficheiros de boot (inicialização; boot‐loader; Grub); kernel do Linux.
  • /dev -Dispositivos (devices) de entrada/saída: floppy, hardisk, cdrom, modem
  • /etc – Ficheiros de configuração, scripts de inicialização, etc
  • /sbin – Contem os principais programas para administrar e reparar o SO (binários para administrador do sistema);
  • /home – Directorias de trabalho locais dos utilizadores;
  • /lib – Bibliotecas necessárias para que o sistema e programas possam funcionar correctamente;
  • /mnt – Directório de montagem de unidades de disco amovíveis (disquetes,
    CD_ROM, Disco Magnéticos, discos USB,etc;
  • /opt – Para instalação de programas não oficiais da distribuição
  • /proc – Contém ficheiros virtuais que representam o estado actual dos processos
    em execução e informação sobre o estado de muitos componentes do SO
  • /tmp – Ficheiros temporários gerados pelos programas
  • /usr– Contém mais subdirectórios com programas, bibliotecas, utilitários, etc
    • /usr/local – Para instalação de programas não oficiais da distribuição
    • /usr/bin – A maior parte dos comandos destinados aos utilizadores
    • /usr/src – O código fonte do sistema operativo, para quem pretender modificar
    • /usr/lib – Bibliotecas (libraries) relacionadas com a programação e os packages
  • /var – Directório usado por vários serviços (ex. correio electrónico,
    ficheiros em fila de espera para impressão, WebServer, locks para impedir que vários utilizadores usem em simultâneo o mesmo periférico, logs);
  • /var/spool – Área onde são guardadas as filas de espera das impressoras e do correio electrónico;
  • /var/lock – Área onde é registada a utilização de vários serviços e periféricos
  • /var/run – Inclui vários ficheiros com a identificação de vários processos responsáveis pelos serviços em execução
  • /var/log – Vários ficheiros com o registo de praticamente todos os eventos que
    acontecem no sistema (útil para efeitos de segurança e administração);

Dica: Para quem pretender obter detalhadamente uma descrição da estrutura hierárquica do sistema, pode usar o comando man hier

man_00

Para quem não está habituado à estrutura de ficheiros do Linux, no início parece um pouco confuso saber onde está o quê e em que directório colocar/trabalhar com determinados ficheiros. É tudo uma questão de habituação (tal como aconteceu com outros sistemas).

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