Comandos Linux para Totós – Tutorial nº7

Comandos Linux para Totós – Tutorial nº7

Criado por Pedro Pinto em 18 de Agosto de 2011 | 23 comentários

Ora vivam !!! Cá estamos nós para mais uma rubrica “Comandos Linux para Totós” e hoje vamos falar sobre processos em Linux. Quando uma aplicação está a correr no sistema é comum designar-se de processo. Os processos estão presentes em quase todos os sistemas operativos e para quem é utilizador do Windows certamente já recorreu ao conjunto de teclas CTRL+ALT+DEL para “matar” um processo que esteja a correr.

Hoje vamos aprender como visualizar e “matar” processos no Linux.

totos

Para visualizar todos os processos que estão em execução no sistema usamos o comando «ps» (process-statistics).

O comando ps tem vários argumentos, no entanto o conjunto mais usual é ps aux:

ppinto@koala:~$ ps aux
USER       PID %CPU %MEM    VSZ   RSS TTY      STAT START   TIME COMMAND
root         1  1.6  0.3   2532  1372 1        Ss   13:56   0:01 /sbin/init
root         2  0.0  0.0      0     0 1        S<   13:56   0:00 [kthreadd]
root         3  0.0  0.0      0     0 1        S<   13:56   0:00 [migration/0]

Explicação do output anterior

  • USER – nome do utilizador que possui (iniciou?) o processo.
  • PID – process identification (identificação do processo).
  • %CPU – ocupação do CPU (desde a última actualização do ecrã).
  • %MEM – ocupação da memória física (memória RAM).
  • VSZ – quantidade de memória virtual usada pelo processo
  • RSS – kilobytes de memória física usados.
  • TTY – Indicação do terminal onde está a correr o processo
  • STAT – S-sleeping, R-running, T-(parado ou em trace), D-uniterruptable sleep, Z=zombie.
  • TIME – tempo total de CPU usado pelo processador (desde quando foi iniciado)
  • COMMAND – comando usado para iniciar o processo

Outras utilizações do comando ps

ps -e
ps -ef
ps -eF
ps -ely
Matar e enviar sinais a processos

O comando «kill» pode enviar vários tipos de sinais a um processo. Por omissão, caso não seja especificado nenhum outro, o sinal enviado é o TERM (terminate).

O sinal KILL garante que o processo é mesmo terminado.

Exemplo de utilização:

Kill -KILL 315
ou
kill -9 315

Para obter uma lista de todos os tipos de sinais disponíveis pode usar o comando kill -l

kill_00

O comando «killall», permite matar processo pelo nome. Serve para enviar sinais a todos os processos que estão a executar um determinado programa. Se por exemplo pretendemos terminar o vi (editor de texto do Linux) podemos executar o comando:

killall vi

E por hoje é tudo. Percebem agora porque se usa regularmente o kill –9, que como eu costumo referir, é matar um processo sem dó nem piedade. Além do ps podem também dar uma vista de olhos no comando top e htop (ver aqui).

Até à proxima! kill post

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Comandos Linux para Totós – Tutorial nº8

Comandos Linux para Totós – Tutorial nº8

Criado por Pedro Pinto em 20 de Agosto de 2011 | 12 comentários

RunLevels

Ora vivam caros “linuxianos”! Cá estamos nós para mais uma rubrica “Comandos Linux para Totós”. Espero que estejam a aproveitar e a perceber todas as dicas e que o “terminal preto” já não seja um “inimigo” dos utilizadores.

Depois de termos ensinado a utilizar o tar para compactação e descompactação (ver aqui), hoje vamos perceber o que é um runlevel e que níveis existem num sistema linux.

totos

Lembro-me quando comecei no mundo Linux de ouvir falar em runlevels, mais concretamente runlevel 3 e runlevel 5. Runlevel (nível de execução do sistema Linux) define de um modo geral como é que o nosso sistema se vai comportar ou seja quais os serviços e processos que vão ser inicializados durante o arranque do sistema. O runlevel é definido pelo processo «/sbin/init» que carrega a configuração a partir do ficheiro «/etc/inittab». De referir também que os runlevels variam de distribuição para distribuição.

Exemplo da informação contida no /etc/inittab de um CentOS:

# ‘Runlevel’ por omissão. Os 'runlevels' usados pelo RHS são:
#   0 - desligar (Não configure o 'initdefault' para isto)
#   1 – Modo mono-utilizador
#   2 – Modo multi-utilizador, sem NFS (Network file system)
#   3 - Modo multi-utilizador completo
#   4 – não usado
#   5 - X11
#   6 - reiniciar (NÃO configure o 'initdefault' para isto)
#
id:5:initdefault:

Para  saber qual o runlevel actual do seu sistema pode verificar a informação no ficheiro /etc/inittab  (ex.id:5:initdefault: – indica que vai arrancar no runlevel 5) ou então usando o comando:

[root@pplware ~]# runlevel
N 5

N5” significa: N – “o sistema não arrancou com nenhum outro runlevel entretanto” e “5” é o runlevel corrente”. O runlevel pode ser trocado a qualquer momento pelo comando «init». Por exemplo, init 3 (como root) irá alterar o runlevel para o nível 3.

No RedHat ou CentOS podemos ver em que nível ou níveis um determinado serviço  estará activo. Para isso, podemos usar  o comando chkconfig  –list

[root@pplware ~]# chkconfig --list
NetworkManager  0:off   1:off   2:off   3:off   4:off   5:off   6:off
acpid           0:off   1:off   2:on    3:on    4:on    5:on    6:off
anacron         0:off   1:off   2:on    3:on    4:on    5:on    6:off
apmd            0:off   1:off   2:on    3:on    4:on    5:on    6:off
apt             0:off   1:off   2:off    3:off   4:off   5:off   6:off
atd             0:off   1:off   2:off    3:on    4:on    5:on    6:off
auditd          0:off   1:off   2:on     3:on    4:on    5:on    6:off
autofs          0:off   1:off   2:off    3:on    4:on    5:on    6:off
avahi-daemon    0:off   1:off   2:off    3:on    4:on    5:on    6:off
avahi-dnsconfd  0:off   1:off   2:off    3:off   4:off   5:off   6:off
bluetooth       0:off   1:off   2:on     3:on    4:on    5:on    6:off
capi            0:off   1:off   2:off    3:off   4:off   5:off   6:off
Em resumo

Tal como referido, os runlevels indicam o nível em que o nosso sistema vai operar ou seja, quais os serviços/processos que vão ser inicializados durante o arranque do nosso sistema. Porque se fala muito no runlevel 3 e 5? Bem, basicamente porque um sistema que arranca no runlevel 3 (Modo multi-utilizador completo), apenas disponibilizará a linha de comandos. Este é por exemplo o nível adequado quando instalamos um servidor e apenas vamos fazer gestão remota do mesmo via SSH (não precisamos do interface gráfico). Um sistema a correr no runlevel 5 (X11 – ambiente gráfico), disponibiliza ao utilizador o ambiente gráfico (ex. Gnome, Kde, xfce, etc).

Qual o runlevel actual do vosso sistema?

Domingo é dia de dicas do Microsoft Word

Domingo é dia de dicas do Microsoft Word

Criado por Pedro Pinto em 21 de Agosto de 2011 | 13 comentários

Por Paulo Correia para o PPLWARE

Como é habitual ao Domingo, hoje trazemos mais algumas dicas sobre a potente ferramenta que é o Microsoft Word. Uma vez que esta rubrica tem vindo a tornar-se cada vez mais popular, decidimos torná-la uma rubrica de fim de semana e “aberta” a todos os leitores que pretendam contribuir.

word_001

No seguimento da vossa ultima dica para o MS Word acerca dos placeholders em substituição das fotografias, mando-vos uma dica de como extrair todas as fotografias de um ficheiro word.
Quando alguém nos envia um ficheiro “carregado” de fotografias (por exemplo  uma noticia para publicação na net), dá uma trabalheira enorme copiar todas as fotografias uma a uma para um programa de edição.
Uma forma de as extrair todas de uma vez, é duplicar o ficheiro (não é necessário, mas…) e alterar a extensão de DOCX para ZIP ou RAR. Depois basta abrir o ficheiro comprimido e as fotos estão todas na subpasta\word\media\.

word

Relembramos que o Windows por omissão oculta as extensões dos ficheiros. Para ver essa informação devemos ir por exemplo ao meu computador, carregar na tecla ALT > Tools > Folder Options e depois vamos ao separador View  e tiramos o checkbox da opção Hide extensions for know file types

word_99

Por hoje é tudo! Esperamos que as dicas sejam úteis e que vos ajudem a criar de forma mais simples os vossos documentos. Como referi anteriormente, esta dica está aberta a todos os que pretendam contribuir. Enviem-nos as vossas dicas para ppinto @ pplware .com para publicarmos em próximos artigos.

Veja aqui todas as dicas para o Microsoft Word.

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